sábado, 4 de dezembro de 2010

Mais do mesmo


"Vou pensar em ti...e talvez assim perder o que me deixa...tão longe de Você"


Nao escrevo a muito tempo. meus dedos doem, como se a dor do peito pudesse emanar pelas minhas digitais, a tentativa frustrada de encontrar outra forma de escape foi em vão, restam poucas opções para mim, o tempo se torna a cada dia mais implacável e diminuto, e passo grande parte do tempo me perguntando o que farei em seguida, tantas respostas me vem a mente, porém a ação que deveriar derivar das respostas é sempre a mesma ou seja nula! As consequências sofridas por mim são só resultados de uma vida, com o minimo de simbiose entre seres humanos, ou animais não sei dizer...afinal não vejo muita diferença, a cada dia que passa, as pessoas absorvem tanto de seus pets que fica dificil definir a importancia da convivencia com seres humanos. Sentimentos são jogados, tragados por uma vida que passa bem diante de nossos olhos assim como as pessoas encontradas, algumas como posso dizer?... São adotadas, mas grande maioria se perde no caminho, como grãos de areia em uma tempestade no deserto, o sentimento, a dor, o amor, a solidão, a felicidade, são trocadas simultaneamente sem um sentido firme, porém o fenômeno é recorrente. Um olhar aqui, e um sorriso ali, são como fotografias antigas, em um album de memórias perdido, ao tentar resgatar memorias, falho, e ainda tenho a sensação de que algo esta escondido aqui dentro, o chão não existe e o vazio é tão grande quanto o firmamento. Caminho pela rua, abarrotada de homo sapiens, e o sentimento de solidão me cobre como uma capa invisível, uma mulher para diante de mim segurando um cartaz multi colorido o cartaz diz "ABRAÇO GRATIS" abre um sorriso e os braços como se encontrasse aquele amigo que a muito tempo não vê, e então me abraça sem me dar chance de reação, agradeço e sigo caminhando, fico me perguntando, qual a diferença entre abraçar um completo estranho, e um amigo de verdade?Pelo visto irei partir desse mundo sem saber essa resposta, acho que a resposta pode estar com a definição do que é o abraço, seja no contexto fisico, como sentimental da coisa. A musica diz, "Wana be free" acho que aí esta a verdadeira chave do motivo pelo qual essa musica mexe tanto com minha pessoa, I wana be free!, uma piada, pois sei que é impossivel, queria não enxergar o que enxergo e não compreender o que o cérebro me diz com tanta clareza. Vendo o filme A Criação é curioso o fato de como a dramaturgia as vezes consegue imitar realmente nosso cotidiano sendo ele os mais diversos que possam existir. Céus o que é tudo isso afinal?, pois não sei mais se escrevo para aliviar a dor, ou simplesmente pra me satisfazer procurando a admiração de alguem, palavras bonitas que faltam a mim no dia a dia, ah sim o famoso ego, que deve ser sempre regado ou inflamado? ou ambos? Porém o que posso analisar no tempo em que leio minhas palavras e o post que faço hoje, é que as perguntas são sempre a maioria do texto, presença garantida, em uma cabeça tão pertubada e perto do limite da razão. Como disse no inico todo o texto se baseia na frase copiada por mim pela trilha que me acompanha nessas palavras "Wana be free" Livro - A Cabana Musica - Blue - Mai Yamane

terça-feira, 23 de março de 2010

A Chuva

Caminhando pela chuva, curioso e agradavel, o quanto gosto de caminhar na chuva, embora parece que hoje não foi como antes, nada é como antes, enfim, a chuva por mais intensa que fosse não me era suficiente, talvez pelo fato de acreditar que a chuva molhando o corpo, como em um banho pudesse me purgar de dores especificas, ou de uma sujeira da qual não consigo que não sou capaz de me livrar ou até mesmo esconder, gostaria que a chuva fosse em proporções biblicas, que me molhasse até os ossos, mas a chuva alivia mas não consegue mais fazer com que eu possa utiliza-la como fulga...não...não mais...caminhando vagarosamente, olhando para o céu para poder aproveitar, cada gosta de chuva em meu rosto, em cima de mim chove e no horizonte o sol brilha, alguns dizem que dias chuvosos, são propicios a depressão, acredito que exista controvérsias, caminhando cada vez mas devagar como não querendo chegar, passo a mão nos cabelos, ela fica ensopada, mas tenho uma sensação agradavel e estranha, pois me tras uma lembrança ja muito distante, após todo o caminhar e pensamentos distantes e vazios é chegado ao destino, estou molhado, encharcado, o rosto molhado e agora o sol brilha totalmente, a chuva se foi, respiro fundo, me aproximo e la esta ela...o Sol, lançando seus raios sobre seus cabelos que com os efeitos do Sol faz com que pareção fios dourados, iluminando um rosto palido porém angelical, ela me olha com um olhar carinhoso, como se sentindo pena, e achando engraçado ao mesmo tempo, me ver na situação em que eu estava, e faço a unica coisa natural, retribuo o sorriso, ela me pega pela mão e me leva pra perto dela, eu a abraço, mas mesmo sentindo seus braços em volta de mim, é como a chuva...não é como antes...não afasta o vazio como antes....não satisfaz como antes.....eu beijo seu rosto...e com os braços sobre seus ombros saimos a caminhar...mas agora...não existe mais chuva...só o horizonte ensolarado....de parte..a parte....

B. B. King - Chains And Thing

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sonhos ou Lembranças Perdidas...?




"Repita a você mesmo! o que ja foi um dia jamais voltará,! e só assim você poderá...seguir em frente²..."


La parado em um oceano de automoveis, o coração dele aperta, é chegada a hora! é chegado o dia!, as luzes vermelhas dos automóveis...em um vermelho intenso e triste, não é pressentimento, sabe que algo ruim esta prestes a acontecer, que acontecerá...tenta adiar mas sabe que não o pode fazer, não lhe compete naquele momento interferir no andar da historia...não cabe a ele adiar o inevitavel, por mais dor que possa causar, ele tenta se lembrar como tudo começou, porém sua memória suas lembranças eterna companheira, lhe vira as costas....e da lugar somente a indignação, e uma sensaçao de estranha letargia...enquanto naquele instante Jay Vaquer canta..."Alguem sabe dizer o que é normal?"....Minutos depois o carro parado, e sente como se o coração batesse devagar a ponto de parar também...ouvi o que agora Lenine canta...."Paz na solidão" e percebe-se que embora a musica fluisse estava presente alí um silencio insurdecedor...o silencio sempre ele, a sombra de uma moça surge no portão...

Ela se aproxima do automovel, e entra, e Fernanda Porto esta cantando....."Eis que chega roda viva e leva o destino...pra lá", agora um casal, ele e ela dentro de um carro qualquer, em uma rua qualquer, em uma noite qualquer....certo? errado!. Ela o comprimenta educadamente, ele olha para o painel do carro sem saber o que dizer...mais uma vez...pensa em dizer a ela, o quanto ela estava linda, e o quanto ele sentiu a falta dela, e ela queria que ele lhe confessa-se tudo, mesmo sabendo que ele sentia tudo isso, mas o estranho de tudo ele permaneceu calado, e clamor por um socorro enquanto Roberto Carlos canta "Amor perfeito no meu peito" , e então ela pronuncia as palavras que ele tanto lutou para não ouvir romperão o oceano de ar dentro daquele carro, vibrou e chegou aos seus ouvidos, embora ele saberia que aquela frase seria pronunciada mais cedo ou mais tarde, assim como na morte nunca se esta preparado...

Ele a observa, seus cabelos de pontas douradas mesmo na escuridão da noite brilhava como uma estrela, os dois se olham no olho, em um silencio agora não mais insurdecedor, mas constrangedor, tanto para um, como para o outro, um casal de estranhos enquanto Jay Vaquer agora canta "Cotidiano de um casal feliz", os dois se abraçam, as lagrimas decem pelo rosto dele, enquanto ele é capaz de sentir até a linha da malha cinzenta que cobria aquele corpo quente, e aconchegante, ela pronuncia mais algumas palavras, e os dois se beijam, por minutos....segundos....horas....a porta do carro se abre novamente, ele a observa pelo retrovisor, as costas dela aos poucos vai encolhendo, ela arruma a calça jeans, e segue a caminhar, Pavarotti agora canta o derradeiro movimento de "Miss Sajevo" ele observa a sombra dela desaparecer pelo portão, ele repousa a cabeça sobre a poltrona do carro....

A indgnação se vai, o vazio retorna, e juntamente com ele as lembranças, tudo tão claro tão limpo como um cristal, lembranças seu maior aliado, e um estranho inimigo, fato é que tudo fez sentido, enquanto ele observa o portão vazio, ele finalmente se lembra como tudo começou.....como se quisesse daquelas lembranças, resgatar o formula milagrosa, a arma certa....mas naquele momento ja não adiantava....restou-lhe apenas silenciar, dar a partida, o som do automovel,....e mergulhar no mar de luzes vermelhas.


Mary Elizabeth McGlynn - Hell Frozen

terça-feira, 2 de março de 2010

Gosto Amargo.....


Depois de muito tempo volto a sentir esse gosto amargo, uma sensação que vai do paladar se disseminando por todo o meu sistema fisiologico, posso sentir como se infiltrasse em cada celula do meu corpo, aquela velha sensação ruim, o ar friu soprando em meu ouvido, faz com que todos esses efeitos se potencializem, olho pro céu e a Lua brilha linda em volta a nuvens, o gosto amargo, vem da falta, ouvi que "a mente não pensa o corpo padece" mas acho que a mente pensa muito o corpo sobrecarrega, enfim, não sou muito bom com ditados antigos, a rua esta vazia, mas que diferença faz, eu me ponho a pensar, afinal de contas, de qualquer forma a maioria das pessoas que circula por ela, estão vazias...assim como eu...o gosto amargo vem junto com a sensação de vazio, ou melhor, a sensação de que algo me falta, uma parte de mim, perdida em algum lugar, a cada passo que dou e deixo a marca de pegadas no chã de terra, me ponho a pensar que em relações que marcam, são parte de nós como um todo, pessoas, sentimentos, conquistas e derrotas, cada um vai nos formando e nos moldando de alguma forma, mas, seria possível tomarem parte de nós literalmente!, uma parte de nós que nos fará falta, somos obrigados a nos relacionar independente de qual circunstancia seja, tão necessario quanto oxigenio, mas como pode? seria o gosto amargo que sinto ser causado por relações vazias, ou por ser tão intensa que a dedicação absoluta me tira energia de vida, se isso é mesmo possivel, em qual ponto da troca esta havendo diferenças? ou será que ninguém tem nada a acrecentar somente a retirar? ou seria essa a lei, retiramos enquanto podemos, a troca sempre é mais vantajosa para um dos lados? loucura!, por que? somos tão semelhantes, até mesmo em nossa ignorancia para não admitirmos tal fato, vivemos abastados, porém somos cada vez mais pobres, ó tristeza, ah o gosto amargo, a sensação que embrulha o estomago, nem eu mesmo sei mais o que pensar....o corpo sobrecarrega, não quero mais pensar, não quero mais trocar, quero tão somente de volta, uma parte de mim que se perdeu, em algum ponto da linha do tempo ja corrida...parte boa ou parte ruim, eu não sei dizer, mas uma parte de mim.....


Secret Line - Mary Elizabeth McGlyn

sábado, 21 de março de 2009

Desabafo³

Os dedos vão deslizando pelas teclas em branco, meu olhar perdido com aqueles movimentos, a mente aos poucos vai me deixando e vou mergulhando novamente em devaneios, observo que na ponta da fila, esta ele, obeso com um olhar distante também a observar o pianista, fico a me perguntar será que ele esta aqui agora pelo mesmo motivo que eu? em um aspecto provavelmente outro, embora os motivos possão parecer diferentes tenho certeza que no fundo são sempre os mesmos, uma busca infinita pelo bem estar.... olho novamente para o rapaz e volto a olhar para o pianista, com o fim do primeiro movimento o rapaz se recosta na poltrona, eu olho para o teto do teatro será que ele está aqui sozinho? sim! pois encontra-se no lugar mais isolado do teatro, longe da vista de qualquer um no meio de duas cadeiras vazias, um rosto cheio, como se estivesse se encaminhando a uma obesidade morbida, beirando-se os 26 anos, ali sozinho, talvez ele possa estar alí para poder esquecer sua situação fisica, que no atual momento digo "pode" ser um problema, ele sente a dor, por querer ter o corpo ideal, chamar a atenção da mulher ideal, ter amigos, que possão admiralo, um desejo que se torna latente naquele momento pois a musica, acredito eu, é a unica especie de trancendencia que o ser humano possa provar em sua existencia por assim dizer. Mas mantendo se ao caso local o fato é...por que esse sentimento estranho as vezes nostalgico e as vezes pessimista ou otimista em relação ao futuro e em relação a vida presente, causa a determinadas pessoas ao ouvir, esse tipo de apresentação, e por que? se ele deseja ser diferente fisicamente, e diz ele ser esse o problema de sua infelicidade, tamanha a controvérsia de cotidiano é questiona-lo sobre sua infelicidade, que tem como motivo, a sua situação fisíca, mas, o sorriso me vem aos labios pois em outra ponta da platéia esta lá uma mulher magra formosa, porém com a mesma postura, olhar distante triste, e aplicando a teoria sobre o rapaz obeso, que diz que o motivo de sua tristeza do vazio em sua alma, é a sua situação fisica, então por que será que a cidadã magra na outra ponta também sugere um tipo de insatisfação? um vazio que não se torna maior do que o do rapaz porém são sentidos de igual forma, mas nunca percebidos e assimilados, como uma busca sem fim. Ela esta triste por que tem um corpo bonito, porém não tem um namorado! O vazio a razao da infelicidade é o namorado ausente, não ela, não uma coisa maior, porém mais a frente existe um casal, casal que acompanha a apresentação friamente como se estivessem no sofá de suas casas assistindo ao noticiario local, informando a vida do suburbio pobre e abandonado, e então sim! tirando o foco da dor e do vazio que trazem em seus corações.... vazio da relação de longa data? não exatamente....ambos procuram um no outro o vazio de suas almas, coisa impossivel de se conseguir, mas a relação homem mulher parece realmente o mais proximo que se pode chegar.....será? será que as pessoas que passam a vida longe de relacionamentos afetivos são realmente em sua imensa maioria seres mais infelizes? mais inconpletos?....talvez o casal a frente, tenha problemas financeiros, e ache que a razão de sua dor seja o dinheiro.......mas então por que será que o casal, que esta atrás apresenta uma tristeza profunda em seus olhos....um casal formado por um médico renomado e uma grande engenheira civil, no qual terao dinheiro para juntos sustentarem até a terceira geração.....porém parecem mais infelizes do que o "gordo", a "magra sem namorado", e do casal "sem dinheiro", porém todos eles assim como eu sofrem, e estão ali pelo mesmo motivo, independe da situação social, da idade, do aspecto fisico.....O pianista agora executa o terceiro e ultimo movimento, alguns se recostao na poltrona eu continuo a revezar o olhar entre o piano o pianista, o teto e a plateia, e me mente parece que esta me levando para outro planeta....fico a me lembrar daquele olhar que recebi na entrada do auditorio, será que aquela senhora teve o mesmo tipo de questionamento que tive, no texto mencionado anteriormente, olhando pra mim ela pensa, o que faz ele em uma manhã de domingo, por aqui.... o que ele busca...busca o mesmo que eu? e o que eu busco? doce seria se realmente todos pensassem assim...mas, por que querer que todos pensem como eu? o desejo pelo corpo, o desejo pelo dinheiro, o fato de ser admirado.....desejamos simplesmente por que não o possuimos, mas não que necessitamos realmente de todas essas "coisas" por assim dizer......o movimento do pianista com os olhos fechados, e os dedos deslizando vagarosamente pelo piano, como se acariciando uma mulher, será que ele esta trancendendo? ou tendo uma regressão para sua infancia ou para alguma situação de vida? afinal de contas lembro que Krishinamurt diz que somos feitos de memória, concordo em parte com essa teoria, afinal somos feitos de material celulares não a duvidas em relação a isso, porém... a forma como somos moldados, e dos nossos passos durante a existencia terrena me faz crer que, dependem muito das pessoas que fizeram parte do nosso circulo durante toda nossa vida, afinal de contas exemplificando novamente o rapaz obeso, se acha inferior e diz que sua dor, se deve ao fato de que gostaria de ser magro atletico, porém se o mesmo passasse a vida toda cercado de seres obesos, esse vazio que sente seria transferido para outro desejo, pois o vazio estaria e esta la para todo o sempre, não quero dizer que ele seria mais feliz, ou menos triste se vivesse sozinho.... a verdade é que não existe teoria plausivel, para meus devaneios, só questionamentos sem respostas, teorias....de uma mente que se torna a cada dia mais louca e perdida em perguntas sem respostas. O pianista para por um momento, o primeiro som vem de uma tosse na plateia, e outra coisa me vem a cabeça, por que somos tão intolerantes ao silencio, precisamos falar, precisamos desabafar, precisamos rir, precisamos fofocar, sobre qualquer coisa, a ausencia de movimento da lingua incomoda profundamente o ser humano, ou temos que falar ou temos que correr.....o silencio incomoda tanto, a ponto de deixar as pessoas constrangidas....por que? o rapaz obeso e a moça se mechem nas poltronas, com um ar desconfortavel, folheiam o programa da apresentação como uma fulga, pois pensam que os outros seres humanos da plateia que falam efusivamente simplesmente para cobrir o silencio, iram pensar sobre eles que não tem a quem dirigir o som de suas bocas.... o casal a frente faz um pequeno comentario sobre a apresentação, e permanecem ironicamente lado a lado mas sem se falarem....o pianista retorna sobre aplausos, agradece e senta para tocar o ultimo movimento, o silencio aos poucos vai retornando, e ele começa novamente a deslizar os dedos pelo piano, o silencio é tamanho que ele ao tocar no piano, é possivel sentir a vibração das cordas musicais vindas de dentro do piano, nesse momento o silencio e o som se complementam, e por que nesse momento o silencio não incomoda? qual a diferença de um para o outro? simplesmente estão em silencio por educação? não acredito que seja isso, acredito que nesse momento o som por mais doce que seja, juntamente com a ausencia de vibrações sonoras provocadas pelas cordas vocais, cubram o vazio deixado, vazio que ninguem percebe todos os sentem e preenche com a doçura da musica, e o pianista, esta feliz por estar ali? qual o motivo para estar ali? na frente de uma plateia grande, em uma manha ensolarada de domingo, o carinho que sente pelo seu objeto de trabalho no memomento, sente carinho por ele, pois acha que o mesmo lhe é capaz de suprir o vazio, a tristeza, a dor.... pode-se dizer que a forma como ele se dispoem sobre o piano, a dor que ele sente foi capaz de fazer com que ele execute a musica com tamanha perfeição? ele com 7 anos de idade, ganha um piano de brinquedo....pois o desejo dele era o piano de brinquedo, ou seja o motivo de sua dor, era não possui-lo, porém ao possui-lo a dor que lhe causa é o fato, de não saber tocar o piano, então seus pais o colocam em uma escola e ele aprende piano, porém a dor novamente o possui, ele sente o vazio pois agora deseja um piano de verdade....ja em sua adolecencia junta dinheiro com seus pais e consegue seu primeiro piano, ele toca seu piano, na sua casa, porém tocar o piano ali não é o suficiente, a dor volta, e ele precisa tocar em publico....aprende mais, e consegue a chance de se apresentar a um publico razoavel, a apresentação do novato acontece, porém passa um tempo e ele quer se apresentar novamente mas para outro publico, o publico local nao satisfaz, a dor continua, agora ele esta ali se apresentando na maior cidade da federação em uma sala recheada de autoridades, interessante... pois tenho certeza de que a dor ainda esta ali, sempre estará lá, você me diz que é a vontade de crescer de ter novos objetivos na vida.....mas para quê, e por quê? pessimista ó céus será que alguem um dia vai entender o que eu estou dizendo? ou a minha dor é por ter essa sensação de que ninguém nunca irá entender as palavras que saem da minha boca? e por falar em boca a apresentação terminou todos estão aplaudindo vou aplaudir também....pronto apresentação fantastica, e la se foi ele de novo o silencio...... que carrega consigo o pensamento no vazio....todos estão felizes e satisfeitos pois silencio levou o vazio com ele pelo menos por enquanto.....

Musica - Sonata ao Luar(Mov I,II,III) by Ludwig van Beethoven

segunda-feira, 16 de março de 2009

Desabafo²

Ah como eu queria poder escrever com os olhos fechados, como eu gostaria de escrever usando o unico sentido da audição e aparelho locomotor, tantas questões nenhuma resposta, as pessoas vagam como zumbis, em vidas interessantes tanto quanto estressantes, será que o dom da fala e perspicacia na compreenção que me causa tanta dor, mas o que é a dor? dor por não ser ignorante, momentos assim sinto bem por ter sensibilidade para ouvir esse som doce que entra em meu ouvidos, mas nao consigo por nada em ordem, o cerebro vai funcionando com uma velocidade estrondosa, sinto que vou me perder em devaneios enlouquecer em poço fundo como um precipicio interminavel, repito, o que é vida? e o pior o que é morte? a resposta... são fenomenos simplesmente isso, parir é um fenomeno do reino animal, todos os seres vivos, somos o unicos seres vivos? sou um grao de areia nessi planeta, e o que é minha existencia? droga tantas perguntas, a cada resposta, surgem duas perguntas e assim sussecivamente, mas por que questiono, porque penso, porque raciocino tanto, onde vou parar com tudo isso, o que eu estou buscando? o que estou buscando e não estou encontrando? a musica me causa paz, por que? o bebê recém nascido entra na agua e nada como se estivesse no utero de sua progenitora, e mtos homens maduros tem intolerancia a submergir na água, será realmente que ja nascemos com o objeto da procura seja ele qual for, e vamos perdendo com o tempo? será que a busca é pelo tempo perdido em vão? mas o tempo não foi perdido em vão pois o tempo todo eu estava buscando...buscando o que? o que são o seres humanos, que bicho é esse, e que bicho sou eu? eu sei, eu sei, um verdadeiro vampiro.....

Canta Maria - Fernanda Takai

segunda-feira, 9 de março de 2009

Desabafo¹

Nada mais tem interesse nada mais é interessante, os seres aos poucos vão se afastando, minha mente em turbilhão, por que fui ouvir aquelas palavras? e por que raios fui ter conciencia suficiente para compreende-las e absorvelas como se estivesse esperando somente pelo toque de clarim, tudo no inicio e tudo vai se findando rapidamente, não existe vazão para mais nada, tudo é superfulo, mas e qual a razão da consistencia? o que diabos é a vida? sim sim a vida é uma eterna busca, embora parado, eu busco, embora em movimento eu busco, mas não encontro, não dezisto mas essa busca frenetica, me faz discordar totalmente de uma frase que ouvia a alguns anos com muita frequencia, "prefiro uma dura verdade a uma doce mentira", eu gostaria nesse momento de ter vivido eternamente na sombra da ignorancia, meus atos concientes porém corretos nunca observados e sentidos sobe a ótica de quem tem o conhecimento que tem e não os dicerni com calma e sensatez, enfim, nada mais faz sentido, ou melhor tudo faz sentido, o unico misterio a morte? o que a morte? e o que é a vida? o que diabos de fenomeno é esse? naquela porta diz proibido a entrada de animais, e o que somos nós? somos realmente tão superiores, no reino animal? somos uma praga que varre o solo humano, e devasta tudo e a todos, sem ser pessimista aquela maldita analise fria e calculista irá me perseguir e ao mesmo tempo me guiar pelo caminho que ainda seguirei e que se torna ao mesmo tempo a cada dia mais revelador, e ao mesmo tempo tão amedrontador, de uma realidade apavorante, porém rica de conhecimento e um ponto de vista que nunca em minha vida imaginei ser capaz de possuir, mas qual o sentido de tudo isso? o que é essa materia que cobre meu corpo, que me faz dormir, respirar, cheirar, praticar sexo, comer, envelhecer, andar, trabalhar, o que diabos é isso? o que é o tempo? e o que sou eu nesse planeta, e o que é o planeta nesse universo? sim sim, a existencia de uma entidade superior! certo e sobre essa entidade superior? de onde vem? pra onde irá? um mero consolo pra explicar o inexplicavel, o pavor carregado dentro de todos nós que assim que nascemos começamos a morrer, e sempre temendo o desconhecido, e paira sobre todo o espirito humano o unico e maior terror a morte! liberdade? trancendencia? não creio, gostaria veemente de crer mas não o posso, qto mais conhecimento possuo, tudo vai se tornando mais dificil, a convivencia, a minha tendencia socratica, e ao mesmo tempo absolutista me torna um ser execravel, e o pior de tudo totalmente conciente.....ah meus amigos, eu nunca fui amigo de ninguém, tudo o que sou é um mero vampiro, sugador de experiencias e conhecimento.....ah se vc entendesse....

Muscia - Canon in D maior - Pachelbell